Dialética da natureza
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autor:
Friedrich Engels
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tradução:
Nélio Schneider
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apresentação:
Ricardo Musse
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orelha:
Laura Luedy
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capa:
Antonio Kehl, sobre desenho de Cássio Loredano
- título original:
- Dialektik der natur
- edição:
- 1ª
- coleção:
- Marx e Engels
- selo:
- Boitempo
- páginas:
- 400
- formato:
- 23cm x 16cm x 3cm
- peso:
- 500 gr
- ano de publicação:
- 2020
- encadernação:
- Brochura
- ISBN:
- 9786557170236
Durante o século XIX, o progresso científico e tecnológico trouxe importantes conquistas no campo das ciências naturais: o nascimento da química moderna, a teoria evolutiva de Darwin, a descoberta por Pasteur e outros do mundo microbiano. Nesse contexto, Engels procura com sua Dialética da natureza oferecer de uma só vez, ao marxismo uma concepção materialista da natureza elaborada, e às ciências um modelo filosófico a partir do qual se guiar.
Confrontando tendências anticientíficas em vigor entre os próprios cientistas – materialismo vulgar, metafísica, idealismo, agnosticismo, mecanicismo, espiritualismo –, Engels expõe alguns dos principais conceitos da tradição dialética, articulando-os e aplicando-os com rigor a diversos campos do conhecimento. Deixa-se ver assim não apenas a enorme erudição de seu autor, mas também a profundidade do compromisso do marxismo com o desenvolvimento científico. Entre diversas passagens célebres, cultuadas e criticadas, tem papel de destaque a impressionante elaboração sobre a função do trabalho no processo de hominização, que encerra o livro.
Obra póstuma e inacabada, a influência da Dialética da natureza pode ser notada desde sua primeira publicação, seja nos escritos de figuras proeminentes do movimento operário e do marxismo soviético, seja em controvérsias decisivas do chamado marxismo ocidental. Além disso, vem sendo amplamente recuperada pela ecologia marxista contemporânea. Portanto, é incontornável não apenas para quem busca entender a história de formação do marxismo, mas também para quem deseja conhecer os caminhos abertos por ele na atualidade.
Traduzida direto do alemão, esta nova edição da coleção Marx-Engels chega ao leitor no ano do bicentenário de nascimento de Friedrich Engels.
Trecho do livro
“Não fiquemos demasiado lisonjeados com nossas vitórias humanas sobre a natureza. Esta se vinga de nós por toda vitória desse tipo. Cada vitória até leva, num primeiro momento, às consequências com que contávamos, mas, num segundo e num terceiro momentos, tem efeitos bem diferentes, imprevistos, que com demasiada frequência anulam as primeiras consequências. As pessoas que acabaram com as florestas na Mesopotâmia, na Grécia, na Ásia Menor e em outros lugares para obter terreno cultivável nem sonhavam que estavam lançando a base para a atual desertificação dessas terras, retirando delas, junto com as florestas, os locais de acúmulo e reserva de umidade”.